Curiosidades da Festa Junina
Os elementos juninos trazem várias curiosidades
Por serem de origem europeia, as festas juninas apresentam vários elementos que não são da cultura brasileira, mas que com o passar dos anos tornaram-se fundamentais.
Ao assistirmos uma dança de quadrilha podemos perceber quantas palavras
desconhecidas são ditas pelos puxadores. Anarriê, ampassã, tour, dentre
outras, que são de origem francesa, parecida com as festas da
aristocracia que abria os bailes mais requintados da época.
Como eram festas realizadas pelas cortes, as mulheres usavam seus
vestidos mais bonitos e rodados, motivo pelo qual se originou os
vestidos das quadrilhas, feitos em tecidos de chita, bem coloridos.
As culturas Greco-romanas e dos celtas também deixaram suas marcas,
pois praticavam cerimônias em volta de fogueiras, a fim de agradecer aos
deuses pelas boas colheitas.
A festa popular mais conhecida no Brasil é o carnaval, porém as festas
juninas não perdem seu lugar, estando entre as principais festas do
país.
O nordeste é a região que mais valoriza as festas juninas, onde
acontecem vários concursos para se eleger a quadrilha mais alegre e
bonita do Brasil. A cidade de Campina Grande, na Paraíba, é onde
acontece o maior festejo do país. Com uma área de quarenta e dois mil
metros quadrados, podemos encontrar o “Parque do Povo”, onde acontecem
exposições artesanais, a queima da fogueira gigante, a cidade
cenográfica com réplica de uma igreja, há um espaço para a apresentação
das quadrilhas, a casa do milho, a corrida de jegue, há também uma área
especial para a imprensa.
Dentre os enfeites das festas juninas, o mais comum são as bandeirolas.
Esses apetrechos surgiram porque os três santos homenageados na festa
tinham suas imagens pregadas em bandeiras coloridas e imersas em água, a
famosa lavagem dos santos. Com isso, acredita-se que a água fica
purificada, fazendo a purificação das pessoas que se molham com elas.
Com o passar dos anos, essas bandeiras foram sendo substituídas pelas
bandeirinhas menores, que trazem a mesma simbologia de purificar o
ambiente da festa.
Além disso, temos Santo Antônio, conhecido como santo casamenteiro. Os
mais religiosos contam que as moças pedem um noivo para o santo, mas
este só arruma o pretendente quando é castigado pela moça, sendo
colocado de cabeça para baixo ou ficando com a cabeça mergulhada numa
bacia com água.
O casamento caipira surgiu como chacota aos casamentos clássicos. A
noiva aparece grávida e seu pai obriga o moço a assumir a
responsabilidade, fazendo-o casar com uma espingarda apontada para a
cabeça. Essa história é muito engraçada, pois o pai da noiva tem todo o
apoio do delegado da cidade, que é seu amigo. Durante a cerimônia o
noivo, que está bêbado, tenta fugir, mas sem sucesso. Após o enlace, os
noivos puxam a dança da quadrilha.
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Simone M.